terça-feira, 26 de março de 2013

FeudalismoXMercantilismo


Percebo uma guerra entre o Feudalismo e o Mercantilismo. Sim, para obter um mestrado no Brasil percebe-se uma dificuldade. Por um lado, nas Universidades Públicas, é muito difícil conseguir uma vaga. Por outro lado, essas universidades criticam a facilidade da entrada no mestrado em outros países alegando uma mercantilização do ensino. A conclusão é: depender de vaga ou juízo de valor das universidades públicas? Aqui no Brasil se torna um desafio para entrada no Stricto Sensu. 

A boa notícia é que os próprios professores das universidades públicas valorizam mais o diploma conseguido lá fora. Pois, a maioria dos professores que trabalham nessas instituições são diplomados por universidades estrangeiras.

Quem tem acompanhado este blog,  já leu sobre a motivação inicial  deste documento. Realmente, a minha conquista com um diploma de mestrado em universidade estrangeira permitiu eu escolher em qual universidade desenvolver o meu doutorado. Mas, até ai tudo bem, só que não esqueçam que fiz o Mestrado EAD pela Universidad de León, aqui no Brasil representada pela Funiber. E vocês sabiam que no diploma não consta que você fez o mestrado EAD? Isso é um grande trunfo para as pessoas que sonham com o mestrado mas não tem tempo ou até dinheiro para fazer um mestrado no Brasil (o mestrado lá fora é mais ou menos metade do valor daqui do Brasil).

Agora, se você é do tipo de pessoa que é funcionário público  e precisa do mestrado convalidado para aumento de salário então não aconselho você fazer o mestrado ead  FORA DO BRASIL. Mas, pode fazer mestrado ead no Brasil, sim, pois há sinais claro que isso acontecerá ainda este ano. Provavelmente, eles devem 'abrir' aos poucos. Acessei um site que me dá base neste post. Veja a referência abaixo:
Ache seu curso à distância. Disponível em: < http://www.acheseucurso.com.br/brasil-tera-mestrado-a-distancia-de-letras.aspx>. Acessado em: 08 de abril de 2013.

Particularmente, penso que existe mas uma jogada ideológica motivada por sindicatos do que realmente a preocupação pela qualidade de ensino. No ano passado houve a greve das universidades federais. Uma das bandeiras que havia na entrada da universidade é contra o neoliberalismo no ensino acadêmico. E lógico outras bandeiras por melhores condições de trabalho etc. Para o público que não entende uma estrutura de nível superior pode até parecer que eles estão brigando só por causas justas. Será?

Hoje pela manhã estava pensando no meu professor do doutorado que faço na universidade pública, aqui mesmo no Brasil. O assunto que estava pensando era sobre a limitação que as nossas universidades públicas tem em relação a um trabalho de doutoramento. Imagine que foi posta a lista de selecionados para o doutorado no mural da universidade. Tinha um selecionado para cada professor, ou seja, se tiver 15 professores doutores, apenas 15 candidatos a doutorados foram escolhidos. Aí você me pergunta: Isso é bom ou ruim? Vai depender da ótica de quem está respondendo. Para os professores da universidade pública é bom pois eles tem um trabalho reduzido e sendo apenas um aluno teoricamente dará maior atenção. Para o aluno que foi selecionado é bom pois ganhou uma batalha. Para quem está de fora é ruim pois ficará sem uma pós-graduação (doutorado na universidade pública é chamado pós-graduação). Para o Brasil será ruim pois mostra a nível internacional um país com pouco doutores, ou seja, a ciência está andando devagar. Para o contribuinte é ruim pois o dinheiro que se paga para manter um doutorado com pouco resultado é muito caro (tem áreas que levam mais de um ano sem ter um doutorado concluso). E para você? De que lado você está?


Continuarei postando no intuito  instrucional. Para que os brasileiros possam ter opções no aprendizado contínuo que hoje é exigido.

Obs: A marca Professordelphi aparece nos meus posts pois foi a empresa que patrocinou o meu mestrado.
Obs2: Erro de ortografia, favor enviar um email. Pois, tenho escrito em plena hora do trabalho.



www.professordelphi.com

Rua das Dálias, 516, Pituba, Salvador - Ba - Brasil.

Telefone: (+55) 71  98792-0080 WhatsApp.

Email da nuvem: marcos.professordelphi@gmail.com

2 comentários:

  1. Sou a favor de seu posicionamento. Eu mesma já senti na pele as consequências deste sistema educacional excludente, principalmente no ingresso ao curso de mestrado. Participei de uma seletiva em 2014 para participar do curso de mestrado profissional na área de gestão ambiental da UnB, foram mais de 300 inscritos para ocuparem 30 vagas, sendo essas ainda divididas entre intercâmbios do México, pessoas quilombolas e indígenas, restando menos de 15 vagas para ampla concorrência. Vimos aí que a oferta de vagas é muito pequena, havendo de fato uma verdadeira guerra para se conseguir angariar a oportunidade....E ainda, o sistema de seleção é extremamente deficitário, havendo um esquema de acepção de pessoas, pois observei que os alunos que já estudaram na instituição, os quais eu conhecia pessoalmente, realizavam ligações e efetuavam parcerias com os professores que estavam fazendo os julgamentos, na tentativa de manter a monopolização das vagas entre aqueles que se acham os favoritos, especiais e mais inteligentes, sendo que na verdade não o são. Enfim, a possibilidade de ascensão no ensino deveria ser de todos nós. Eu também por não suportar mais esse sistema, optei por realizar o meu mestrado de forma paga, contudo, apesar disso ser muito difícil e eu não ter condições suficientes tem sido uma rica experiência. Mesmo tendo o meu bolso penalizado, sinto sofrer menos ao deixar de me sentir frustrada por não ter conseguido uma vaga extremamente disputada.

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    1. O prejuízo maior é para o Brasil pois, em outros países, fazer mestrado ou doutorado é tão simples como fazer uma pós-graduação aqui.

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